Você está visualizando atualmente O que é o Split Payment?

O que é o Split Payment?

O split payment é uma das novidades mais relevantes da Reforma Tributária. Ele muda a forma de cobrança e repasse dos tributos, dividindo automaticamente o valor pago entre empresas e entes federados (União, Estados e Municípios). Entenda como funciona, por que foi criado e quais os impactos para os negócios.

Introdução

A Reforma Tributária não altera apenas alíquotas, mas também introduz mecanismos operacionais inéditos que transformam a rotina das empresas. Entre eles, o split payment (pagamento dividido) é considerado um dos mais inovadores, justamente porque muda a lógica de recebimento das receitas e a relação das companhias com o fisco.

O objetivo é claro: reduzir sonegação, aumentar transparência e simplificar processos, mas, como veremos, essa inovação exigirá das empresas um esforço de adaptação tecnológica e operacional.

Como funciona o split payment?

Hoje, o fluxo ocorre de forma linear: a empresa recebe o pagamento integral do cliente, depois gera as guias e, por fim, recolhe os tributos devidos ao governo.

Com o split payment, essa lógica muda. No momento em que o cliente paga a nota fiscal, o valor já é automaticamente dividido:

  • Uma parte vai para a empresa (valor líquido da operação).
  • Outra parte segue diretamente para os entes federados, correspondendo ao recolhimento dos tributos (CBS, IBS ou IS).

Veja a comparação no esquema abaixo:

split payment
Como funciona o split payment

 

Quais os objetivos dessa mudança com o split payment?

Segundo o governo, o split payment foi criado para:

  • Evitar sonegação, já que os tributos não passam mais pelo caixa da empresa.
  • Eliminar burocracias no cálculo e repasse de impostos.
  • Tornar a arrecadação mais eficiente e segura.

Como resultado, os impostos já estarão destacados no documento fiscal e transferidos diretamente ao governo. Então, embora a empresa perca autonomia sobre esse fluxo, ganha previsibilidade e segurança jurídica.

 

Split Payment: o que muda para as empresas na gestão de caixa e controle fiscal?

Essa mudança parece simples, mas impacta diretamente a gestão de caixa e os sistemas de controle. Antes, o valor era recebido integralmente, e a empresa administrava os tributos. Agora, ela passará a receber seus títulos já líquidos de impostos.

Isso significa que será necessário:

  • Ajustar fluxo de tesouraria para trabalhar com valores líquidos.
  • Atualizar sistemas de gestão financeira e fiscal.
  • Integrar processos com SEFAZ, Receita Federal e sistema bancário.

Por isso, a adoção de um ERP integrado será fundamental para que as empresas consigam ter visibilidade, simular cenários e garantir conformidade sem perder eficiência.

 

Status atual e próximos passos

O split payment está previsto na Emenda Constitucional 132/2023, mas ainda depende de regulamentação e da integração tecnológica entre órgãos fiscais e instituições financeiras.

Embora o governo já tenha sinalizado sua intenção, não há uma data exata definida. A previsão é que a medida comece a ser operacionalizada a partir de 2027.

 

Conclusão

O split payment promete simplificar a arrecadação e combater a sonegação, mas também traz desafios de adaptação para as empresas.

Portanto, o momento exige planejamento e investimento em tecnologia de gestão. Quem se antecipar, revisando seus processos e fortalecendo a integração com sistemas fiscais, estará em vantagem quando a medida entrar em vigor.

—————-

Saiba como o Analysis ERP pode ser o diferencial da sua empresa na transição tributária e no futuro dos negócios.

 Site da bom bohm.com.br

Conheça também nossas redes sociais: @bohmtecnologia