Nesse artigo, o consultor tributário, João Manuel Domingues, apresenta uma análise prática e objetiva sobre os impactos da Reforma Tributária especialmente para empresas no regime de Lucro Presumido. Ele explica o que muda na carga tributária (CBS/IBS), por que a precificação precisa ser revista “por fora” e de que forma um ERP integrado pode apoiar as empresas na captura de créditos, na redução de riscos e na proteção de margens ao longo da transição (2026–2032).
Introdução
A Reforma Tributária tem como objetivo simplificar o sistema, dar transparência e garantir a não-cumulatividade plena. Porém, para muitas empresas no Lucro Presumido, essas mudanças se tornarão especialmente relevantes, porque o efeito prático será significativo.
- Cenário atual (média): IRPJ + CSLL ≈ 10,88% • PIS/Cofins 3,65% • ISS até 5% → ~19,53% de carga.
- Com a Reforma: IRPJ + CSLL permanecem. Entram CBS + IBS, podendo levar a 25%–29% de carga total, ainda que algumas atividades contem com desoneração de 30% ou 60%. Comércio e agro, inclusive produtores PF hoje desonerados ou fora de PIS/Cofins, também tendem a sentir aumento.
A transição será gradual e complexa. Por isso, as alíquotas-teste a partir de 2026 exigirão organização e coexistência do sistema atual com o novo até 2032. Isso exigirá organização, revisão de preços e domínio dos créditos para que a reforma não vire custo.
Redução de riscos fiscais e otimização de lucros na Reforma Tributária com tecnologia integrada
A Reforma Tributária traz novas obrigações, como tributos destacados “por fora”, possível split payment e padronização de cadastros e códigos (NCM, CST, CClasstrib), então, com o uso de uma tecnologia inteligente, as empresas conseguem:
- Garantir conformidade na emissão de DF-e, com destaque correto de CBS/IBS.
- Atualizar classificações e regras por NCM/serviço, evitando glosas.
- Manter trilhas de auditoria em um ambiente de fiscalização integrada (Comitê Gestor, RFB, PGFN).
- Apoiar fundos e compensações na transição, além de controlar benefícios para evitar perda de oportunidades.
Como o ERP auxilia na precisão da precificação “por fora”na Reforma Tributária
A mudança de tributação por dentro → por fora torna indispensável recalibrar margens e tabelas. Um ERP integrado:
- Centraliza custos e tributos (insumos, despesas, serviços tomados) e aplica regras de crédito da CBS/IBS.
- Simula cenários por produto/serviço, cliente e região (tributação no destino), mostrando impacto no preço e na margem.
- Projeta capital de giro, já que o preço bruto tende a subir antes do aproveitamento de créditos.
- Orquestra políticas de preço (markup, netback, contratos) para evitar erosão de margem ou repasse excessivo ao cliente.
Sem preparo, três efeitos corroem resultados: (1) créditos não aproveitados viram custo; (2) preços desajustados reduzem margens; (3) falta de caixa encarece o financiamento do ciclo. O ERP reduz essas fricções ao automatizar o cálculo de créditos, além disso, simula a nova carga e alimenta dashboards de rentabilidade por mix.
Inteligência e organização para crescer com segurança
Além da conformidade, há também decisões estratégicas críticas. O fim da “guerra fiscal”, por exemplo, desloca vantagens para o destino; as cadeias de suprimento, por sua vez, passarão a exigir notas corretas e impostos pagos para preservar seus créditos; e, como resultado, ativos logísticos podem precisar de reavaliação.
É justamente nesse ponto que um software de gestão empresarial integrado faz toda a diferença. Ele não apenas centraliza informações, mas também conecta áreas fiscais, contábeis e operacionais. Assim, garante que decisões estratégicas sejam tomadas com base em dados confiáveis e, por isso, contribui para a redução de riscos e a aceleração das respostas ao mercado.
Com BI + ERP, a empresa consegue, então, monitorar margens por cliente/canal, identificar erosão por tributo e priorizar o mix mais rentável. Além disso, prepara a equipe para lidar com dois regimes (até 2032), mas sem triplicar erros.
- Mapear tributos e contratos: atuais x projeção CBS/IBS por linha de receita/insumo.
- Classificar corretamente serviços/itens (NCM, CST, CClasstrib) e revisar cadastros.
- Definir política de créditos (o que gera crédito, documentos e evidências).
- Simular preços “por fora” e margens por cliente/região; ajustar tabelas e propostas.
- Planejar capital de giro para o novo ciclo financeiro (compras + créditos).
- Atualizar/implantar ERP com regras da reforma, DF-e e relatórios de crédito.
- Treinar times fiscal/contábil/comercial para a coexistência de sistemas (2026–2032).
- Monitorar alíquotas-teste e atos infralegais; ajustar rapidamente.
- Mapear benefícios/fundos de compensação na transição e comprovar critérios.
- Instalar painéis de rentabilidade (por produto/cliente/canal) e alertas de risco.
Conclusão
A Reforma não deve ser vista apenas como um desafio regulatório, mas como uma mudança de paradigma que exige estratégia, inteligência de dados e ajustes precisos na precificação. Portanto, as empresas que souberem antecipar essas mudanças estarão não só protegidas contra riscos, mas também em posição de liderança no mercado.
” Ao longo da minha trajetória como consultor tributário, acompanhei diversas transições fiscais e seus impactos nos negócios. Por isso, indico fortemente o uso de um software de gestão empresarial integrado, capaz de capturar créditos, reduzir riscos e oferecer dados confiáveis em tempo real.
Somente com esse nível de preparo, as empresas estarão verdadeiramente prontas para enfrentar a Reforma Tributária e transformá-la em uma oportunidade de crescimento sustentável.”
— João Manuel Domingues
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